Importância de um bom aterramento
A IMPORTÂNCIA DE UM BOM ATERRAMENTO.
O aterramento eletrico é um asssunto que gera duvidas, e o que pretendemos mostrar com este artigo é a importância de se realizar um bom aterramento e alguns conceitos básicos que reagem esta importante prática.
FUNÇÕES BASICAS DO ATERRAMENTO
a) Proteger o usuario de cargas atmosfericas viabilizando um caminho alternativo destas descargas para a terra.
b) Descarregar cargas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra.
c) Facilitar o funcionamento dos dispositivo de proteção (fusível, disjuntores, etc.), desviando a corrente para o terra.
Existem outras funções do aterramento, como por exemplo a eliminação de interferências eletro magnéticas, mas as funções descritas acima são as mais fundamentais.
DEFINIÇÃO DE TERRA, NEUTRO E MASSA
d) NEUTRO: E o “ Zero Volt” fornecido pela concessionária de energia elétrica, porém muitas vezes em função das fases do transformador local estarem desbalanceadas, o neutro flutua, deixando de ser zero, por isso é necessário ligar uma haste de aterramento logo na entrada do ambiente do usuario, e ligar nela o neutro, para desviar para o terra quaisquer variação de tensão do neutro(vide fig.1). Observa-se na fig.1 que o neutro e o condutor de retorno da corrente eletrica, portanto no neutro circula corrente sempre que circula corrente na fase.
e) TERRA: Se olharmos para a fig. 1 veremos que o terra liga a carcaça do equipamento à haste de terra, apesar do terra ser ligado ao mesmo ponto do neutro, nele só circula correntes transitórias, por exemplo causadas por descargas atmosfericas, sendo que esta é a principal diferença entre neutro e terra. O fio terra é identificado pelas letras PE e tem com verde e amarela.
f) MASSA: E definido como massa a carcassa dos equipamentos e maquinas.
TIPOS DE ATERRAMENTO:
A norma da ABNT para instalações elétricas de baixa tensão é a NBR 5410. E nela encontramos os três sistemas mais usados de aterramento nas industrias:
g) Sistema TN-S (fig.2) O neutro e aterrado logo na entrada e levado até a carga, e um outro condutor identificado como PE é utilizado como fio terra e vai direto da carga para o terra.
h) Sistema TN-C (fig. 3) Neste sistema o fio terra e o neutro são constituidos pelo mesmo condutor e tem identificação PEN, sendo menos aconselhável que o sistema anterior.
i) Sistema TT ( fig. 4) É considerado o mais eficiente de todos , nele o neutro é aterrado logo na entrada e segue até a carga como neutro, e o terra vai da massa do equipamento diretamente para uma haste de aterramento indepemdente da haste onde foi ligado o neutro.
Como regra geral, sempre que possível devemos optar pelo sistema TT, mas caso não seja possível por razões operacionais ou estruturais do local, deve-se optar pelo sistema TN-S, e somente optar pelo sistema TN-C em ultimo caso, quando não for possível implantar nenhum dos sistemas anteriores.
HASTE DE ATERRAMENTO:
O valor ideal para um bom aterramento deve ser menor ou igual a 5 ohms, e se este valor não for alcançado com apenas uma barra de aterramento, tem-se duas opções: o tratamento quimico do solo ou agrupamento de barras em paralelo, vide fig. 5, para entender regras práticas de agrupamento de barras em paralelo.
Terrometro:
É o instrumento clássico para se medir a resistencia do terra, e contem duas hastes de referência que devem ser inseridas no solo conforme fig. 6, tendo como dificuldade o fato de muitas vezes o local se encontra concretado, impedindo a instalação das hastes de referencia.
CONSEQUENCIA DE UM MAU ATERRAMENTO:
Além dos aspectos de segurança e respostas lenta ou ausente dos sistemas de proteção ( fusíveis, disjuntores etc.), outros problemas operacionais podem ter origens no aterramento deficiente. Abaixo segue uma lista de alguns destes problemas, e se alguem se identifica com algum deles e ainda não verificou seu aterramento, vale a dica:
j) Queda de comunicação entre a maquina e o PC (CLP, CNC etc) em modo on-line, principalmente se for comunicação RS 232.
k) Excesso de interferência eletromagneticas.
l) Aquecimento anormal das etapas de potencia (inversores, conversores etc) e motorização.
m) Constante travamentos e funcionamento irregular de computadores pessoais.
n) Falhas intermitentes e que não seguem um padrão.
o) Queima de CI´s ou placas eletrônicas sem razão aparente, mesmo sendo elas novas e confiáveis.
p) Para monitores de vídeo, interferêmcia na imagem e ondulações poderão ocorrer.
CONCLUSÃO
O objetivo deste artigo e apenas chamar a atenção para a importância de um bom aterramento, mas para executar qualquer trabalho na área de eletroeletrônica, tem-se que observar todas as normas técnicas envolvidas no processo, a fim de se realizar um trabalho eficiente e sem problemas de natureza legal.
Artigo elaborado por:
Eng. Eletronico Francisco Colameo.